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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

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As coisas passam e nós devemos deixar que elas sigam  seu caminho, por mais doloroso que seja. Por isso é importante rasgar fotos, queimar cartas, destruir recordações. Tudo que seja uma manifestação visível de algo invisível. Precisamos nos desfazer daquilo que ocupa nossos corações, porque se livrar de certas lembranças significa abrir espaço para que outras se façam presentes. 
Lembre-se que houve uma época em que você pôde viver sem aquele sentimento, sem aquela pessoa, e viveu muito bem. Nada é insubstituível enquanto é apenas um hábito. Encerrar ciclos. Não por covardia, incapacidade ou orgulho, e sim porque é chegada a hora. Aquilo já não se encaixa mais na sua vida, no seu álbum não cabem mais fotos da mesma pessoa. Nada é mais perigoso e danoso do que um relacionamento amoroso que teve seu fim declarado, porém, não foi aceito por ambas as partes. Você pode passar todo o seu tempo se perguntando por que aquilo aconteceu, pode jurar que não dará o braço a torcer enquanto não entender o motivo que levou algo tão "sólido e importante" a um fim. Além de se desgastar, você estará parado no tempo. 
Ninguém pode viver o passado e o presente ao mesmo tempo. Você não será uma criança eternamente, então, deixe ir embora. Desprenda-se. Não espere que o mundo pare junto com você enquanto procura uma explicação plausível ou uma justificativa fajuta para o fim, quando a resposta é óbvia e está estampada em todos os lugares: acabou porque chegou a hora de acabar. Virando páginas, encerrando capítulos, finalizando etapas. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado o que pertence ao passado. Dizer adeus dói sim, mas se faz necessário para que a roda da vida - da sua vida - continue girando. Abrir as janelas da alma, ampliar seus horizontes, para que busque sempre depender unicamente de você. Sua vida é um livro, não o feche até que esteja terminado.

"Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."

5 comentários:

  1. Acredito ser relativo apagar tudo, fotos cartas ou qualquer outro tipo de recordação. Talvez seja importante toda esta lembrança histórica para se tentar entender melhor o presente, ou não. Enquanto insistirmos em nutri-los, eles ainda existirão, não é apagar tudo que fará com que eles sumam, pois, no fundo o ser humano se prepara pra perder tudo, menos outro ser humano. Cabe a cada um, individualmente saber até quando pretende viver no passado perdendo assim o presente. (Gosto das coisas que você escreve)*

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  2. Gostei da maneira como você expôs seu ponto de vista, a metáfora é comum, mas você a desenvolveu de uma maneira inovadora e argumentou bem. Apesar de eu achar que certas (poucas) coisas são permanentes, gostei do texto.

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  3. AINDA BEM que me lembrei de você. Acrescentei teu blog no meu selo: http://cinismoeutopia.blogspot.com/2011/01/este-blog-me-faz-refletir.html. Achei fofinha a brincadeira, vai.
    E sobre o seu texto, bem... você sabe o que eu tenho a dizer. A leitura é tão fácil e parece que as palavras flutuam pelos meus olhos me causando um prazer enorme te ler.
    Você deveria colocar mais coisas - você sabe quais - em pauta aqui no teu blog. Creio que muita gente iria gostar de ler, assim como eu.
    Mas hein, sem melações e nem nada, só pra avisar que tem presentinho pra ti e que te amo.

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  4. Tem pessoa mais fofa que essa Brenda na face da Terra?

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