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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"A quem interessar possa"

Se burrice tivesse nome, seria o meu. É sério. Mania chata de me envolver com gente estranha, gente complexa. Sempre tentando consertar aquilo que já nasceu quebrado, ou, talvez, porque a pessoa é parecida demais comigo: um turbilhão de problemas ambulantes. 
As pessoas deveriam ser mais sutis ao me abandonar, porque quando fazem isso de uma vez, é mais difícil acreditar e, consequentemente, mais difícil curar a ferida. As cicatrizes eu nem tento esconder. Estão à mostra, à quem interessar ver, que tentei, insisti, briguei e sofri. Sofro. Mas ninguém nunca poderá dizer que não tive coragem. 
Me acho diferente das pessoas com a minha idade, e quando encontro alguém um pouco mais misteriosa, um pouco mais problemática, sou forçada a pensar que não sou a única esquisita por aí. Aí vem o envolvimento, a intensidade, sempre multiplicada por mim, inconscientemente. O resultado? Abandono, decepção. O mesmo roteiro, como se fosse passado de mão em mão. Sempre desistem de mim com facilidade. 
É um ciclo. Me apaixono, me machuco, me apaixono denovo, antes de me curar por completo. Mas a vida não é de todo ruim, existem os amigos, aqueles que me fazem querer viver. Que me fazem ver que a vida não é tão ruim. Pelo menos na menor parte do tempo.

2 comentários:

  1. Gostei muito desse ^^
    O blog está muito interessante continue assim =)

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  2. Novamente me identificando com você, veja bem. A gente chegou a comentar sobre isso um outro dia, né? Esse certo fascínio por pessoas estranhas, esquisitas, problemáticas e repressivas. Vai ver que é por isso que a gente se dá tão bem. Adorei o seu texto. Você tem me surpreendido.

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